
Vagas afirmativas são mesmo necessárias?
Indo direto ao ponto: sim, são extremamente necessárias. Vamos explicar melhor os motivos ao longo deste post e dar alguns exemplos recentes que repercutiram na mídia. Acompanhe!
Mas, antes… O que são ações afirmativas?
Em linhas gerais, são iniciativas promovidas ou adotadas por instituições públicas ou privadas com a proposta de reparar (preste bem atenção nessa palavra: reparar!) desigualdades raciais e sociais. Elas são reconhecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e um documento do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), publicado em 2010, reforça:
"Nas seis últimas décadas, a maioria dos instrumentos internacionais firmados e ratificados pelo Brasil apresentam as ações afirmativas como estratégias reconhecidas e recomendadas pela ONU para a promoção da igualdade e o combate à discriminação e delineiam as bases conceituais para que as ações positivas de Estado promovam a igualdade."
Disponível em:
https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/as_nacoes_unidas_politicas.pdf
Alguns exemplos que você provavelmente já conhece de ações afirmativas são as cotas raciais nas universidades públicas, o Bolsa Família e o ProUni.
As vagas afirmativas, portanto, estão dentro desse mesmo conceito. Ficou mais claro?
Mas as vagas não atrapalham mais do que ajudam?
Definitivamente não e essa ideia carrega uma grande desinformação. O texto do UNFPA já explica bem os motivos com dados reais, mas vamos um pouco além.
As vagas afirmativas existem e precisam existir. Com o mesmo objetivo das outras ações: reparar minimamente a desigualdade social, racial e econômica do país. Elas não são ainda tão divulgadas exatamente porque o povo brasileiro tem um longo caminho a percorrer quando o assunto é compreender a importância de iniciativas como essa.
Tá na mídia
Todo esse cenário, obviamente, reflete na reação do mercado. Em 2020, a Magazine Luiza divulgou um programa de trainee que separou opiniões e sofreu inúmeras retaliações porque era voltado exclusivamente para candidatos e candidatas negras.
E nem precisamos ir muito longe para achar outro exemplo. Em janeiro deste ano, a Déia Freitas, criadora e produtora do podcast Não Inviabilize, divulgou uma vaga afirmativa de assistente de roteiro para mulheres negras, pardas, indígenas e travestis. Ela perdeu mais de 1.000 assinantes, além o acesso ao e-mail que receberia os currículos bloqueado e, ainda, ter sofrido inúmeros ataques de ódio.
E nós, o que achamos?
Aqui na iestro, a opinião é unânime: somos a favor de vagas afirmativas e, inclusive, temos clientes que optam por fazê-las (aliás, já sabe quem procurar caso precise divulgar as da sua empresa).
A equação, afinal, não é muito difícil: a partir das ações afirmativas, as organizações se beneficiam, a economia nacional é movimentada e, sem dúvidas, o mundo se torna um lugar um pouquinho mais justo.
Gosta dos nossos conteúdos e quer ficar sempre por dentro? Acompanhe as nossas redes sociais: LinkedIn | Instagram.